domingo, 12 de junho de 2011

Jovem de fé

Pesquisas apontam crescimento do interesse dos jovens pela religião

Por Frederico Costa

O jovens têm buscado nas crenças a resposta para suas dúvidas

Sejam as religiões católica, espírita, evangélica, mulçumana, budista, judaica, ou qualquer outra, o que vemos hoje é um maior envolvimento e busca por crenças por parte da juventude contemporânea. Através deste envolvimento o crescimento espiritual se liga também à uma possível vida social entre grupos de jovens que se reúnem em igrejas, templos células, centro espíritas, etc. São nestes lugares que os jovens conhecem outros iguais a eles e que pensam da mesma forma. A partir daí é que os grupos são formados e a amizade entre os membros se consolida, associando o lazer à religiosidade.

Devido ao crescimento deste interesse, estudos estão sendo realizados demonstrando que defender suas crenças e disseminá-la é um dos principais objetivos desta juventude. A aptidão, família, problemas do dia a dia e os questionamentos religiosos os levam à escolha de uma determinada crença. A principal mudança no comportamento da sociedade se deve ao aumento de instituições e suas doutrinas. A partir de um novo cenário sócioreligioso houve uma mudança na forma de pensar e agir destes jovens. Devido a uma transformação de valores antigos, dentro de suas escolhas religiosas o respeito é um princípio básico.

Um levantamento realizado em 21 países pelo instituto alemão Bertelsmann Stiftung (fundação privada que investe seus orçamentos em projetos que concebe inicia e executa buscando mudanças e soluções sociais) mostrou que, no Brasil, 95% dos jovens entre 18 a 29 anos são religiosos, 65% disseram ser profundamente religiosos, outros 30% se declararam religiosos e apenas 4% responderam não ter religião.

Já em questão de predominância religiosa, o Censo Demográfico de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 73,6% dos brasileiros são católicos, 15,4% evangélicos e 1,3% espíritas. Seguidores da umbanda e do candomblé são 0,3% da população e 1,8% cultuam outras religiões. Os que não possuem credo representam 7,4% do contingente.

 Sintia demostrando o tamanho de sua fé
Para a estud ante Sintia Oliveira Cesário, de 24 anos, da doutrina judaica messiânica as mudanças e quebras d e alguns tabus e preconceitos contribuíram para que a juventude atual se integre a alguma cre n ça religiosa. Que muitos líderes, segundo ela, tiveram de rever os conceitos deixando o tradicionalismo de lado e adotando novas estratégias para que os jovens tenham um papel a desempenhar dentro dos grupos religioso. Ela também acredita que a religiosidade também funciona com o refúgio e fuga da criminalidade, violência e todos os males que assolam o século XXI.

A estudante Laís
 A estudante Laís Maria Leite Oliveira, de 16 anos, é adepta do catolicismo e acredita que os jovens estão mais interessados pela religião para descobrir suas origens, o papel que devem desempenhar aqui na terra e para onde irão depois da morte. Ela completa dizendo que a religião tem sido vista pela juventude como forma essencial para explicar o nosso passado e para acreditar que viemos com um propósito que é servir a Deus. Laís destaca a religião em sua vida como algo que cria uma corrente de pensamentos que tranqüilizam seu corpo e coração. E vê como privilegio adorar alguém que deu seu próprio filho por sua vida, além de estar cuidando dela e a protegendo.

Como coordenador da mocidade do Grupo Espírita Maria Francisca Rocha, Heleno de Oliveira Silvestre, de 30 anos, credita o interesse dos jovens pela espiritualidade por estarem em busca de novos valores. Heleno cita a família como base e incentivo, instruindo o jovem em suas escolhas e tendo a quem se espelhar. E diferente do que alguns pensam, são pessoas em busca do fortalecimento da espiritualidade, para que num futuro próximo estejam prontas para as incertezas da vida.

Judaico messiânico, o bispo e líder do ministério pentecostal Rocha de Etã, Wesley Ribeiro, de 38 anos, fala que os jovens estão mais religiosos visando prosperidade. Estão abrindo mão das vaidades para honrar os compromissos com suas famílias e crenças. Desta maneira eles ficam longe dos caminhos tortuosos e ambientes que não condizem com suas novas condutas. Para o bispo, eles procuram preencher um vazio em suas vidas que o mundo e as coisas que são oferecidas não podem dar, encontrando nas programações religiosas oferecidas hoje um meio de se sentirem vivos, úteis e amados, em comunhão com outros que têm este mesmo propósito.





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